segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Un petit prince, l'insomnie et la confusion III

Escrevo, tentando em vão falar contra você e já se foram várias folhas, horas e madrugada adentro, mas ao reler tudo vejo que não consegui sequer te atingir de maneira íntegra. Uma palavra talvez doesse e foi melhor calar mesmo, o silêncio deveria ter sido a minha melhor arma. Mas não é como dizem: A melhor desefa é o ataque. E você me faz morrer, uma morte que dói, mas sem doer, que tira o ar, mas que deixa respirar, que me faz chorar e continuo seca, ou fria que é como você prefere. É que o seu olhar me faz esquecer isso. Já não controlo mais a minha máquina quando te tenho por perto, só penso em como seria bom se você me abraçasse e me desse todo o afeto que preciso, sentir a maciez da tua carne de encontro a minha. Teu cheiro com sabor de baunilha e mais profundo como madeira, cheiro de livro velho, o meu preferido. Minhas mãos doem e meu reflexo é deprimente, sinto vergonha de ter me tornado um vegetal por sua culpa. Por favor escuta-me, só tenho um pedido: me deixa dormir em paz esta noite, somente esta.

NOTA: Assinado eu - Tiê

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