Coisa de pele.

Quando to assim é ótimo pra escrever, não sei definir como estou porque o que se sente é quase impossível que ser descrito, as palavras se perdem no caminho do coração às mãos, e talvez quando chegarem em você vão ter sentidos diferente do que têm pra mim.

Tentando em vão, eu persisto: é como querer paz, paz, paz. Apenas eu, sem barulhos, sem ruídos. Sem nada que ou ninguém que me fizessem querer arrancar os cabelos e gritar mandando ironicamente todo o mundo tomar veneno. Sofrimento é como um vício, que me dá prazer e me faz sempre querer mais. E sofrimento me satisfaz então eu o invento, invento agonias, dores e amores. Ultimamente tenho tentado continuar, infinitamente. Mas não vale apena, encontro nas palavras uma saída pra aliviar o cansaço do barulho, da falta de paz e de atenção. Em vão quero dizer o sinto, mas, não consigo, a lástimas que lês não chega aos pés do ar que me falta, do aperto que angustia, da vontade de dormir que me tenta. Pode ser de forma supérflua, mas é onde eu chamo atenção, por querer atenção, vim escrever hoje, somente por isso. Quem sabe você olhe e sinta dó de mim, somente dó. Quem sabe, eu não queira ser assim, ou talvez queira ser mais do que assim. Só busco salvação quando estou no fundo do poço, onde é escuro e frio, mas se ficar lá por muito tempo talvez não me adapte mais ao meio e ficarei excluída, sem atenção. O problema definitivamente é comigo, onde já se viu buscar atenção de pedras? As pedras do meu caminho não servem para a base do castelo, talvez sirvam para chutar em direção ao teu caminho; Mas nem isso, ao fazê-lo machuquei o pé, a mente, o coração. Talvez eu deva insistir um pouco mais. Porque como a pele só descascarei ao abusar do sol.

NOTA: 2ois - Mais uma noite